Urban Sketching ou desenhista urbano?
Passeando pelo livro Tarefas da edição: pequena mediapédia (2020), publicado pela editora-laboratório do Bacharelado em Letras — Tecnologias da Edição do CEFET-MG, encontrei o termo “Urban Sketching” que me chamou a atenção.
Segundo o verbete, discorrido por Alexandre Lage Alvarenga Junior, Urban Sketching, é um modo de desenhar o que se observa naquele determinado momento, narrando histórias, materializando a cidade e quem a habita.
Lendo os verbetes sobre tradução, me questionei o por que da escolha do autor de não traduzir o termo “urban sketching”, uma vez que não são palavras que de uma maneira geral já foram atribuídas no vocabulário do Português Brasileiro, como: hot dog, shopping, videogame, dentre diversas outras que muitas vezes passam despercebidas ou então são abrasileiradas, tanto em sua pronúncia quanto na escrita.
Não deve-se pressupor que todas as pessoas saibam o Inglês e que tenham acesso à internet de qualidade, o que elitiza o movimento, bem como o (re)conhecimento de como é nomeado.
Durante o texto, a expressão “plen air” também foi utilizada, a qual provêm do Francês e significa “ao ar livre”, em um sentido de pintar fora de estúdios como o tradicional.
Já durante a explicação do movimento foi usado o termo “desenheiro”.
Logo, trago provocações:
Por que reproduzimos termos em Inglês e não em outra língua? E vou além, por que a Língua Inglesa é considerada, majoritariamente, a segunda língua a ser aprendida e não o Espanhol, uma vez que geograficamente falando faria mais sentido?
Giovanna CSilva. Estudante de Linguística na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).